1000 (Identidade reservada)
Item Set
Número da coleção
1000
Nome(s) do(s) produtor(es)
1000 (Identidade reservada)
Vínculo
Servidor(a)
Unidade da Fiocruz
Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco)
Data de produção
2020-08-06
Título
Contribuição de 1000 (Identidade reservada) ao projeto "Arquivos da Pandemia: Memórias da Comunidade Fiocruz".
Relato(s)
Experiência de trabalho durante a pandemia:
"Ainda não parei muito para pensar de que forma o meu trabalho foi impactado. Estou lidando com as demandas à medida que elas vão acontecendo. Confesso que no primeiro mês fiquei um pouco paralisada, esperando as coisas acontecerem, para ver se mudava alguma coisa, ou que alguma solução pudesse surgir como um passe de mágica. Em um segundo momento, eu comecei a me incomodar com minha paralisia e me forçar a sair da inércia. Hoje já estou adaptada e mais segura para enfrentar as situações cotidianas, consegui estabelecer uma rotina de trabalho que alterna trabalho remoto e presencial. Exceto durante o período de lockdown em minha cidade, eu tentei fazer um rodízio entre as atividades no meu centro de Pesquisa e em casa. Isto é necessário, pois tenho dificuldade de concentração no meu ambiente de casa".
"Como dito anteriormente, eu tive um período de inércia que durou cerca de 1 mês. No entanto, com o passar do tempo, fui me adaptando a nova rotina de trabalho, que inclui reuniões com o meu grupo, atendimento individualizado dos estudantes, correções dos trabalhos pendentes e como sou responsável por um grupo de pesquisa, ainda tento lidar com as questões que precisam da minha intervenção física no ambiente de trabalho. Em geral, acho que a pandemia não diminuiu a minha produtividade, mas dificultou muito a rotina, na qual eu tenho que me dividir entre os afazeres domésticos e minhas atribuições na Instituição".
Mudanças de hábitos que ocorreram durante a pandemia:
"O isolamento social não é um grande problema para mim, sou bastante caseira, curto ficar em casa e as atividades sociais como cinema, saída com os amigos, barzinho foram substituídos por TV por assinatura, lives e longas sessões de What's up com os amigos mais chegados (poucos), familiares ou com meus estudantes. Em relação a relação familiar, procuro ter momentos de descontração, mas mantendo o distanciamento social. O que colabora bastante, é que meu apartamento é bem amplo, o que me permite não me sentir enclausurada. Comecei a cultivar uma horta na minha varanda e cuidar de flores, o que me relaxa e me deixa bem zen. Acredito que sou bastante flexível em relação a esta nova situação. De vez em quando me sinto um pouco ansiosa e me dá uma certa inquietude. Então sei que preciso sair de casa, ir a um local deserto, levando minha própria comida e bebida, evitando ao máximo o contato com outras pessoas. Minha filha, que morava em outro país, passou um bom tempo em casa, o que ajudou bastante, saber que estamos todos bem e juntos. Cuido dos meus sogros idosos, o que me deixa sempre apreensiva. Não tenho medo do Covid, mas tenho medo enorme de transmitir a doença. Desta forma, me tornei um pouco paranóica com a questão da limpeza, uso de máscara e outros cuidados de prevenção. Só saio se extremamente necessário, e as minhas atividades de lazer se restringem a ir para locais onde eu tenha certeza que não vou encontrar muita gente".
"Com a pandemia, os horários de sono ficaram alterados, bem como a minha rotina. Faço pilates 2 vezes por semana online, passei a me alimentar basicamente em casa. Como sou muito ativa mentalmente e pouco fisicamente, preciso muito de uma atividade mental que não esteja ligada diretamente ao trabalho. Jogo, muito no computador, vejo muita série, fotografo (meu hobby), faço pintura virtual, e utilizo muito o google map para "viajar" e estabelecer roteiros para quando a pandemia acabar. Adoro viajar, por isso sinto muito falta. Uma outra coisa que mudou bastante, foi o aspecto financeiro. Meu esposo é dentista e nosso orçamento, com o fechamento do consultório para atendimento eletivo, ficou muito prejudicado. A alimentação, não sofreu grandes alterações, mas noto que estou comendo mais, com isso a pandemia também tem pesado na balança. Nada muito significativo, mas que precisa atenção. Normalmente, me sinto tão cansada quanto se estivesse enfrentando o trânsito pesado de Recife, ou me estressando no trabalho. Minha energia, que já não andava lá essas coisas, diminuiu ainda mais. Psicologicamente, estou mais reflexiva e mais exigente e tenho mais urgência nas minhas decisões, o que geralmente aumenta a ansiedade, pois nem tudo depende da nossa vontade".
Outros aspectos:
"Quero que tudo isso passe!"
"Ainda não parei muito para pensar de que forma o meu trabalho foi impactado. Estou lidando com as demandas à medida que elas vão acontecendo. Confesso que no primeiro mês fiquei um pouco paralisada, esperando as coisas acontecerem, para ver se mudava alguma coisa, ou que alguma solução pudesse surgir como um passe de mágica. Em um segundo momento, eu comecei a me incomodar com minha paralisia e me forçar a sair da inércia. Hoje já estou adaptada e mais segura para enfrentar as situações cotidianas, consegui estabelecer uma rotina de trabalho que alterna trabalho remoto e presencial. Exceto durante o período de lockdown em minha cidade, eu tentei fazer um rodízio entre as atividades no meu centro de Pesquisa e em casa. Isto é necessário, pois tenho dificuldade de concentração no meu ambiente de casa".
"Como dito anteriormente, eu tive um período de inércia que durou cerca de 1 mês. No entanto, com o passar do tempo, fui me adaptando a nova rotina de trabalho, que inclui reuniões com o meu grupo, atendimento individualizado dos estudantes, correções dos trabalhos pendentes e como sou responsável por um grupo de pesquisa, ainda tento lidar com as questões que precisam da minha intervenção física no ambiente de trabalho. Em geral, acho que a pandemia não diminuiu a minha produtividade, mas dificultou muito a rotina, na qual eu tenho que me dividir entre os afazeres domésticos e minhas atribuições na Instituição".
Mudanças de hábitos que ocorreram durante a pandemia:
"O isolamento social não é um grande problema para mim, sou bastante caseira, curto ficar em casa e as atividades sociais como cinema, saída com os amigos, barzinho foram substituídos por TV por assinatura, lives e longas sessões de What's up com os amigos mais chegados (poucos), familiares ou com meus estudantes. Em relação a relação familiar, procuro ter momentos de descontração, mas mantendo o distanciamento social. O que colabora bastante, é que meu apartamento é bem amplo, o que me permite não me sentir enclausurada. Comecei a cultivar uma horta na minha varanda e cuidar de flores, o que me relaxa e me deixa bem zen. Acredito que sou bastante flexível em relação a esta nova situação. De vez em quando me sinto um pouco ansiosa e me dá uma certa inquietude. Então sei que preciso sair de casa, ir a um local deserto, levando minha própria comida e bebida, evitando ao máximo o contato com outras pessoas. Minha filha, que morava em outro país, passou um bom tempo em casa, o que ajudou bastante, saber que estamos todos bem e juntos. Cuido dos meus sogros idosos, o que me deixa sempre apreensiva. Não tenho medo do Covid, mas tenho medo enorme de transmitir a doença. Desta forma, me tornei um pouco paranóica com a questão da limpeza, uso de máscara e outros cuidados de prevenção. Só saio se extremamente necessário, e as minhas atividades de lazer se restringem a ir para locais onde eu tenha certeza que não vou encontrar muita gente".
"Com a pandemia, os horários de sono ficaram alterados, bem como a minha rotina. Faço pilates 2 vezes por semana online, passei a me alimentar basicamente em casa. Como sou muito ativa mentalmente e pouco fisicamente, preciso muito de uma atividade mental que não esteja ligada diretamente ao trabalho. Jogo, muito no computador, vejo muita série, fotografo (meu hobby), faço pintura virtual, e utilizo muito o google map para "viajar" e estabelecer roteiros para quando a pandemia acabar. Adoro viajar, por isso sinto muito falta. Uma outra coisa que mudou bastante, foi o aspecto financeiro. Meu esposo é dentista e nosso orçamento, com o fechamento do consultório para atendimento eletivo, ficou muito prejudicado. A alimentação, não sofreu grandes alterações, mas noto que estou comendo mais, com isso a pandemia também tem pesado na balança. Nada muito significativo, mas que precisa atenção. Normalmente, me sinto tão cansada quanto se estivesse enfrentando o trânsito pesado de Recife, ou me estressando no trabalho. Minha energia, que já não andava lá essas coisas, diminuiu ainda mais. Psicologicamente, estou mais reflexiva e mais exigente e tenho mais urgência nas minhas decisões, o que geralmente aumenta a ansiedade, pois nem tudo depende da nossa vontade".
Outros aspectos:
"Quero que tudo isso passe!"