3834 (Identidade reservada)
Item Set
Número da coleção
3834
Nome(s) do(s) produtor(es)
3834 (Identidade reservada)
Vínculo
Servidor(a)
Unidade da Fiocruz
Escritório Fiocruz Ceará
Data de produção
2021-01-28
Título
Contribuição de 3834 (Identidade reservada) ao projeto "Arquivos da Pandemia: Memórias da Comunidade Fiocruz".
Relato(s)
Experiência de trabalho durante a pandemia:
"Nos 3 primeiros meses de isolamento, tive a oportunidade de colocar em dia todos os trabalhos que estavam atrasados, inclusive terminar de escrever dois artigos científicos e submeter um projeto para análise do comitê de ética na Plataforma Brasil. Depois comecei a ajudar nas compras dos materiais para a central analítica COVID-19 do Ceará que estava sendo construída na Fiocruz. Trabalhamos intensamente para ver a inauguração em cerca de 3 meses. Depois as coisas começaram a ficar mais calmas e pude iniciar meu projeto de monitoramento dos poluentes de petróleo, que foi adiado de março para agosto de 2020. Fiz 3 cursos on line de estatística para me ajudar na interpretação dos dados. Continuo estudando, visto que os editais para trabalhos que não sejam com convid estão escassos".
Mudanças de hábitos que ocorreram durante a pandemia:
"Comecei a cuidar mais do jardim e fazer coisas que antes eu pagava para fazer, como podar as plantas. Também comecei a enterrar o lixo orgânico e as plantas foram ficando mais bonitas. Nasceu pé de mamão, melão e maracujá e, além de eu comer, estou distribuindo aos vizinhos. Comecei a chamar as crianças para me ajudarem na coleta e elas ficaram entusiasmadas, pois várias nunca tinham visto um pé de melão. Elas fazem carinho nas frutas e ninguém arranca ou estraga os pés. Tirei várias fotos das flores e frutos enquanto cresciam. Também aprendi a polinizar artificialmente a minha atemoia pelo youtube e ando fazendo bebês de atemoia! Além disto, comecei a cantar várias músicas antigas em inglês para treinar a língua e saber o significado das letras. Comecei a fazer muitas geleias e pães"!
Outros aspectos:
"Não fui infectada, ainda, pelo vírus. Não sinto medo de morrer, pois este é o nosso fim. Porém, fico preocupada de ficar doente e com sequelas, pois moro sozinha e longe dos meus familiares. Em outubro/2020 fui visitar meu filho e ele não quis me receber, mesmo eu usando máscara e tudo mais. Falou que eu podia estar infectada e passar o vírus para ele. Foi um baque para mim!!!!"
"Todos os dias agradeço a Deus pela vida que me tem dado e tenho procurado vivê-la intensamente. Vou à praia todos os domingos para caminhar na areia, pois aqui no Ceará tenho a felicidade de ter praias desertas bem próximas de onde moro. Isto tem me mantido íntegra apesar de tanto sofrimento que temos presenciado no mundo devido tantas mortes, incertezas políticas e econômicas. A companhia dos amigos e da família, mesmo que seja pela chamada de vídeo, faz um grande bem. Ainda bem que temos muitas tecnologias a nos ajudarem neste momento".
"Nos 3 primeiros meses de isolamento, tive a oportunidade de colocar em dia todos os trabalhos que estavam atrasados, inclusive terminar de escrever dois artigos científicos e submeter um projeto para análise do comitê de ética na Plataforma Brasil. Depois comecei a ajudar nas compras dos materiais para a central analítica COVID-19 do Ceará que estava sendo construída na Fiocruz. Trabalhamos intensamente para ver a inauguração em cerca de 3 meses. Depois as coisas começaram a ficar mais calmas e pude iniciar meu projeto de monitoramento dos poluentes de petróleo, que foi adiado de março para agosto de 2020. Fiz 3 cursos on line de estatística para me ajudar na interpretação dos dados. Continuo estudando, visto que os editais para trabalhos que não sejam com convid estão escassos".
Mudanças de hábitos que ocorreram durante a pandemia:
"Comecei a cuidar mais do jardim e fazer coisas que antes eu pagava para fazer, como podar as plantas. Também comecei a enterrar o lixo orgânico e as plantas foram ficando mais bonitas. Nasceu pé de mamão, melão e maracujá e, além de eu comer, estou distribuindo aos vizinhos. Comecei a chamar as crianças para me ajudarem na coleta e elas ficaram entusiasmadas, pois várias nunca tinham visto um pé de melão. Elas fazem carinho nas frutas e ninguém arranca ou estraga os pés. Tirei várias fotos das flores e frutos enquanto cresciam. Também aprendi a polinizar artificialmente a minha atemoia pelo youtube e ando fazendo bebês de atemoia! Além disto, comecei a cantar várias músicas antigas em inglês para treinar a língua e saber o significado das letras. Comecei a fazer muitas geleias e pães"!
Outros aspectos:
"Não fui infectada, ainda, pelo vírus. Não sinto medo de morrer, pois este é o nosso fim. Porém, fico preocupada de ficar doente e com sequelas, pois moro sozinha e longe dos meus familiares. Em outubro/2020 fui visitar meu filho e ele não quis me receber, mesmo eu usando máscara e tudo mais. Falou que eu podia estar infectada e passar o vírus para ele. Foi um baque para mim!!!!"
"Todos os dias agradeço a Deus pela vida que me tem dado e tenho procurado vivê-la intensamente. Vou à praia todos os domingos para caminhar na areia, pois aqui no Ceará tenho a felicidade de ter praias desertas bem próximas de onde moro. Isto tem me mantido íntegra apesar de tanto sofrimento que temos presenciado no mundo devido tantas mortes, incertezas políticas e econômicas. A companhia dos amigos e da família, mesmo que seja pela chamada de vídeo, faz um grande bem. Ainda bem que temos muitas tecnologias a nos ajudarem neste momento".