Erbs Jr. (2021-08-01)
Item Set
Número da coleção
7128_erbs_jr
Nome(s) do(s) produtor(es)
Erbs Jr. (2021-08-01)
Vínculo
Morador(a) de comunidade vizinha: Del Castilho
Data de produção
2021-08-01
Título
Contribuição de Erbs Jr. (Carlos Erbs dos Santos Junior) ao projeto "Arquivos da Pandemia: Memórias da Comunidade Fiocruz".
Relato(s)
"Imagens da Pandemia
Estamos em meio a pandemia do novo corona virús e a maior crise de saúde vivida neste século, por isso ao longo desses meses comecei a sentir uma necessidade de não me expressar apenas pelo meu olhar, mas também pelas minhas palavras. Sempre ouvi a frase: Uma imagem vale mais que mil palavras e de fato ela é verdadeira, mas nos tempos de excesso de imagens, podem faltar palavras para descrever tudo que estamos vivendo. Mais que um fotojornalista, sou jornalista e durante anos me dediquei a arte de escrever, entretanto são tantas experiências que vivi pelas ruas do Rio de Janeiro, que me senti no dever de relatar tudo que estava sentindo. Nós profissionais de imprensa estamos sempre no olho do furacão e somos interlocutores de muitos que, justamente pelas medidas de isolamento, enxergam por meio do nosso ofício. É por meio do nosso trabalho que a população se depara com o que alguns querem esconder ou camuflar. Por tanto, quando selaram que todo pesadelo vivido por asiáticos e europeus, estava a nossa porta na confirmação do primeiro caso no país, divulgado em uma quarta-feira de cinzas, dia 26 de fevereiro, bem no estilo de um samba melancólico, decidi que não deixaria passar a oportunidade de ser um testemunho da história, mas de fato tudo começou a acontecer e render imagens no dia 13 de março, uma sexta-feira, quando as primeiras medidas de restrição à circulação começaram a ser divulgadas".
Estamos em meio a pandemia do novo corona virús e a maior crise de saúde vivida neste século, por isso ao longo desses meses comecei a sentir uma necessidade de não me expressar apenas pelo meu olhar, mas também pelas minhas palavras. Sempre ouvi a frase: Uma imagem vale mais que mil palavras e de fato ela é verdadeira, mas nos tempos de excesso de imagens, podem faltar palavras para descrever tudo que estamos vivendo. Mais que um fotojornalista, sou jornalista e durante anos me dediquei a arte de escrever, entretanto são tantas experiências que vivi pelas ruas do Rio de Janeiro, que me senti no dever de relatar tudo que estava sentindo. Nós profissionais de imprensa estamos sempre no olho do furacão e somos interlocutores de muitos que, justamente pelas medidas de isolamento, enxergam por meio do nosso ofício. É por meio do nosso trabalho que a população se depara com o que alguns querem esconder ou camuflar. Por tanto, quando selaram que todo pesadelo vivido por asiáticos e europeus, estava a nossa porta na confirmação do primeiro caso no país, divulgado em uma quarta-feira de cinzas, dia 26 de fevereiro, bem no estilo de um samba melancólico, decidi que não deixaria passar a oportunidade de ser um testemunho da história, mas de fato tudo começou a acontecer e render imagens no dia 13 de março, uma sexta-feira, quando as primeiras medidas de restrição à circulação começaram a ser divulgadas".