Daiane Silveira Rossi
Item Set
Número da coleção
1493_Daiane_Rossi
Nome(s) do(s) produtor(es)
Daiane Silveira Rossi
Vínculo
Bolsista
Unidade da Fiocruz
Casa de Oswaldo Cruz
Data de produção
2020-08-20
Título
Contribuição de Daiane Silveira Rossi ao projeto "Arquivos da Pandemia: Memórias da Comunidade Fiocruz".
Relato(s)
Experiência de trabalho durante a pandemia:
"Meu trabalho sempre foi de alguma maneira remoto, o processo da escrita e da pesquisa são muito solitários e tanto no decorrer da trajetória acadêmica (mestrado, doutorado), quanto agora ficar em casa é uma necessidade para produzir. Claro que faz muita falta o contato direto com a equipe de trabalho e as pesquisas nos arquivos. Também sinto que sem o dia-dia de ir até a Fiocruz, parece que os trabalhos se acumulam, o tempo que estava no transporte público até a instituição agora também foi diluído em trabalho. Eu tenho ficado cerca de 14h em frente ao computador, o que afetou completamente minha rotina de alimentação e exercícios. Não poder sair de casa afetou diretamente em tudo isso".
Mudanças de hábitos que ocorreram durante a pandemia:
"Nos 2 primeiros meses da pandemia, entre março e abril, fazia exercícios diários, era rotina ao final da tarde tirar 1h para isto. Porém, a partir de junho fui engolida pelo trabalho, parece que aqueles primeiros meses foi um processo para adaptação, o que deixava tudo um pouco mais flexível. Mas quando o trabalho demandou muito mais horas (14h..16h diárias) acabei deixando o exercício de lado. Também foi o momento de compreender que precisava retornar com a terapia e recomeçar de forma online, o que faço agora semanalmente e tem me ajudado muito. Fazem 3 semanas que lentamente voltei aos exercícios e a procurar ter uma alimentação melhor.. Porque com o ritmo de trabalho que estava levando, estava praticamente só em frente ao computador e comendo o que havia de mais rápido e prático: comida pronta e entregas".
Relato de relações pessoais e emoções durante a pandemia:
"Minha família mora em Santa Maria/RS, fazem 5 anos que me mudei sozinha para o Rio de Janeiro para fazer doutorado e aqui fiquei trabalhando na Fiocruz. Todo ano eu vou para casa cerca de 3 ou 4 vezes. Em 2020, em fevereiro comprei passagem para viajar em abril, no aniversário do meu irmão. Em março percebi que precisava adiar, então alterei a passagem para junho, aniversário da minha mãe. Porém, em junho, dado o andamento da pandemia, adiei novamente para novembro, aniversário do meu outro irmão. Estamos em fins de agosto e eu não sei mais se vou em novembro ou mesmo quando irei.. Em novembro fará 1 ano da última vez que estive lá e se eu pudesse definir o maior impacto da pandemia na minha vida, sem dúvida, é ficar tanto
tempo sem ir "para casa".
"Meu trabalho sempre foi de alguma maneira remoto, o processo da escrita e da pesquisa são muito solitários e tanto no decorrer da trajetória acadêmica (mestrado, doutorado), quanto agora ficar em casa é uma necessidade para produzir. Claro que faz muita falta o contato direto com a equipe de trabalho e as pesquisas nos arquivos. Também sinto que sem o dia-dia de ir até a Fiocruz, parece que os trabalhos se acumulam, o tempo que estava no transporte público até a instituição agora também foi diluído em trabalho. Eu tenho ficado cerca de 14h em frente ao computador, o que afetou completamente minha rotina de alimentação e exercícios. Não poder sair de casa afetou diretamente em tudo isso".
Mudanças de hábitos que ocorreram durante a pandemia:
"Nos 2 primeiros meses da pandemia, entre março e abril, fazia exercícios diários, era rotina ao final da tarde tirar 1h para isto. Porém, a partir de junho fui engolida pelo trabalho, parece que aqueles primeiros meses foi um processo para adaptação, o que deixava tudo um pouco mais flexível. Mas quando o trabalho demandou muito mais horas (14h..16h diárias) acabei deixando o exercício de lado. Também foi o momento de compreender que precisava retornar com a terapia e recomeçar de forma online, o que faço agora semanalmente e tem me ajudado muito. Fazem 3 semanas que lentamente voltei aos exercícios e a procurar ter uma alimentação melhor.. Porque com o ritmo de trabalho que estava levando, estava praticamente só em frente ao computador e comendo o que havia de mais rápido e prático: comida pronta e entregas".
Relato de relações pessoais e emoções durante a pandemia:
"Minha família mora em Santa Maria/RS, fazem 5 anos que me mudei sozinha para o Rio de Janeiro para fazer doutorado e aqui fiquei trabalhando na Fiocruz. Todo ano eu vou para casa cerca de 3 ou 4 vezes. Em 2020, em fevereiro comprei passagem para viajar em abril, no aniversário do meu irmão. Em março percebi que precisava adiar, então alterei a passagem para junho, aniversário da minha mãe. Porém, em junho, dado o andamento da pandemia, adiei novamente para novembro, aniversário do meu outro irmão. Estamos em fins de agosto e eu não sei mais se vou em novembro ou mesmo quando irei.. Em novembro fará 1 ano da última vez que estive lá e se eu pudesse definir o maior impacto da pandemia na minha vida, sem dúvida, é ficar tanto
tempo sem ir "para casa".